Muita confusão e um clima tenso permearam a assinatura da ordem de
serviço feita pelo governador Rui Costa (PT), para construção da
Policlínica regional em Simões Filho na manhã desta segunda feira (12),
assessores do prefeito Dinha (MDB), bem como de alguns vereadores fizeram
manifestações que beiram o insulto, ao ponto do gestor municipal ter que pedir
que seu grupo mantivesse a calma.
Manifestações
Manifestantes levaram faixas
protestando contra não realização de algumas promessas do governo do estado em
Simões Filho, a Casa Militar que faz a segurança do governador e mantem a ordem
em eventos como esses, impediu a instalação de algumas dessas faixas, o que
provocou revolta nos manifestantes que por sua vez reagiram gritando palavras
de ordem em apoio a atual gestão municipal, era claro a divisão na plateia,
integrantes de grupos políticos do PT de Rui, e o DEM de ACM Neto.
Aliados
O ex prefeito Eduardo Alencar que também irmão do senador Otto
Alencar (PSD) esteve presente no evento, eles chegaram na caravana do que acompanhava
o governador e esteve no palanque junto com as demais autoridades, em
entrevista por telefone ao programa de rádio Panorama de Notícias Eduardo
Alencar disse que essa policlínica foi uma luta encampada ainda na
administração dele e que seria incoerente ele não atender ao convite de Rui de
estar presente.
Discursos
Os discursos devem ter um destaque a parte, antes de se iniciar o
protocolo oficial com os relacionados a usar o microfone, o prefeito Dinha que
se declara um liderado de Neto, foi alertado pelo próprio chefe do executivo
estadual, que por causa da euforia dos militantes ele seria responsabilizado por
qualquer problema que acontecesse no local, foi quando já anunciado o primeiro
orador Dinha quebrou o protocolo e pediu que aquelas pessoas se comportassem de
forma republicana.
Na sequência das falas, foi a vez do senador Otto Alencar fazer
seu Pronunciamento, e logo foi recebido com misto de palmas e vaias, com meio
sorriso declara; “ Podem Vaiar, na vida pública é assim, um dia somos
aplaudidos no outro somos vaiados, mas é natural” e logo que cumprimentou seu
irmão presenciou uma sonora e extensa vaia, mas não se intimidou e deu
continuidade em sua fala.
Após outras autoridades falarem, chegou a vez de Dinha, que
iniciou o seu discurso cumprimentando as autoridades como de praxe, porém não
demorou muito para subir o tom e começar a dizer o quanto a população
simõesfilhense estava insatisfeita com o tratamento recebido por Jaques Wagner antecessor
de Rui e pelo próprio governador. “Não combinei nada do que senhores estão
presenciando aqui, isso é uma livre manifestação de quem não está satisfeito”. De forma muito enfática o prefeito voltou a relatar como herdou as
contas da prefeitura e acusou o ex gestor de ter deixado apenas R$ 400 mil
reais para pagar o mês de dezembro a empresa que administra o hospital municipal,
o mesmo custa R$ 2,5 milhões segundo as palavras do prefeito. E antes finalizar
suas palavras ele cobrou promessas antigas como a água potável em comunidades
como Palmares e Pitanga de Palmares, reforma do mercado municipal, o campus da
UNEB e o SAC, concluindo puxando coro e repetindo o nome da cidade.
Finalmente Rui Costa faz o ato administrativo que se destinava o
evento que era a assinatura da ordem de serviço para instalação da policlínica regional
que será no prédio onde funcionava uma delegacia regional da fazenda a partir
de então tenta iniciar seu pronunciamento, este foi por diversas vezes
interrompido, e houve vários pedidos do governador para que as pessoas
deixassem ele falar, em umas das vezes visivelmente irritado ele ironizou
dizendo; “ É melhor manter a calma pra cuidar do coração” e tentou anunciar
todas ações do governo do estado para cidade e seguiu sendo interrompido, as
pessoas insistiam em saber quais ações voltadas para segurança pública seria
anunciadas, já que no últimos dois meses a violência e criminalidade tiveram um
crescimento assustador em Simões Filho, entretanto estranhamente não houve por
parte do governador nenhuma palavra sobre o assunto, cansado de tentar
prosseguir com suas palavras encerrou o discurso e agradeceu abruptamente, mais
tarde em outro evento na Assembleia Legislativa, Rui declarou “Hoje foi decretado Ponto Facultativo e quem estava lá foi os cargos comissionados da prefeitura", justificando todo transtorno causado no evento.
Um ato que deveria ser administrativo, foi transformado em um palanque de campanha, só resta aos que acompanhavam de fora todo esse espetáculo identificar qual campanha eleitoral se tratava, a 2016 que se estendeu ou a de 2018 que se antecipou? outro questionamento é, será que verdadeiramente os interesses coletivos da população estão sendo defendidos ou as individuais e vaidosas disputas ainda sobrepõe?
Texto e Fotos: Equipe de O Kotidiano
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