Por Tatiane Santos do Informe Noticias

Foto: Divulgação
A sessão ordinária desta terça-feira (09/04) na Câmara de Vereadores de Simões Filho foi marcada por muitos embates e discussões em torno do direito à fala e a liberdade de expressão.

Além dos ânimos se exaltarem entre os próprios vereadores da situação, na disputa por “quem fala mais na tribuna”, um episódio lamentável envolvendo educandos de uma entidade filantrópica que participavam da plenária deixou o ambiente ainda mais hostil.

Uma das indicações propostas para a pauta da sessão, de autoria do vereador Arnoldo Simões que dispõe sobre o Dia Municipal da Beldade Negra, um projeto em parceria com a Instituição Abayomi acabou não sendo apreciado, o que gerou um certo desconforto para os membros da instituição, que aguardavam ansiosos para a aprovação da indicação.

Chateados com o fato de a matéria ter sido adiada por falta de tempo hábil na sessão, alguns dos educandos resolveram manifestar sua indignação chamando a atenção dos parlamentares e alta voz, mas foram convidados a deixar a plenária de maneira espontânea ou com o auxilio da Guarda Municipal, a fim de garantir que a sessão fosse concluída sem mais interrupções.

Neste sentido, o vereador e líder da bancada de oposição, Sandro Moreira (PSL), ao fazer uso da “Palavra Franqueada” defendeu o direito de a população também se expressar durante a plenária, de forma menos burocrática, já que o Regimento Interno estabelece o direito à fala, apenas ao cidadão que formalizar um pedido junto à diretoria do órgão, com no mínimo 48h antes da sessão.

“Infelizmente, esse ato que ocorreu nesse momento para mim é de grande tristeza, mas o regimento interno determina que o povo tenha voz e vez. Eu já falei aqui que nós temos que fazer desta Casa a tribuna do povo, para que o povo esteja efetivamente com a condição de falar, de se expressar seguindo o Regimento Interno”, revelou Moreira.

Aplaudido pelo público presente, Sandro salientou ainda que “o ato de impedir a fala do povo tem sido bastante negativo para o parlamento”, visto que, esta não é a primeira vez que pessoas são convidadas a se retirarem da plenária pelo simples desejo de externarem seus anseios.

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