Por Cláudia Lopes.

Resultado de imagem para transporte coletivo em simões filho
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Foto:Reprodução/ SFO


A situação em Simões Filho com relação a transporte público é lamentável. Se você é morador dessa cidade e precisa desse serviço para se locomover com certeza deve passar muita raiva constantemente. São ônibus lotados sujos e quase se desmontando ao longo do percurso. Se não bastasse um serviço muito ruim, achando bem pouca coisa, as passagens aumentaram. E aí fico a pensar duas coisas: ou somos muito idiotas ou ganhamos dinheiro sentados na frente da TV vendo o tempo passar.

Mas para os moradores dos bairros periféricos que precisam de mais um meio de transporte para se locomoverem até as ruas principais para pegar o transporte intermunicipal, ainda tem um problema a mais; a falta de transporte coletivo. Aqueles que circulam dentro do município.   Há mais de dois anos o bairro do Cobocó e Lobão estão sem transporte. Para a população que não possui moto ou carro próprio sair de suas casas para seus compromissos  tem três opções: andando  até a Rua Vital Brasil,  pegando  moto-táxi (um serviço que a cada dia fica pior e mais caro e que precisa ser regularizado com urgência) ou UBER/ 99 POP (se uma pessoa que utilize aplicativos e tenha pelo menos R$6.50 para chegar até o Cia1).

 É comum vemos nesses dois bairros diariamente mães com seus filhos pequenos andando 2 km de baixo de sol e chuva para poder pegar transporte na Rua Vital Brasil ou simplesmente para levar e pegar seus filhos na escola. Outra parcela da população que sofre muito são os idosos que precisam subir andando toda essa distância.  Há alguns meses tinha sido noticiado nas diversas mídias jornalísticas da cidade, sobre uma licitação e implantação de um novo serviço de transporte público coletivo dessa cidade e o mais impressionante foi que para a localidade do Largo de Saruim, Cobocó e Lobão não tinha nenhuma linha destinada.   

Uma localidade entregue as traças onde sua rua principal ficou quase uma semana sem iluminação por conta de lâmpadas queimadas nos postes, ruas completamente tomadas pela falta de limpeza dos matos e falta de podas de árvores. Onde o restabelecimento dessa iluminação só aconteceu depois de muita denuncia, briga nas redes sociais e indo aos setores responsáveis.  


O ponto de denuncia é a falta de infraestrutura sem meio-fio ao longo da Rua Eraldo Tinoco, a falta de conclusão da colocação do asfalto em determinadas extensão do bairro.  Sem falar do prédio da antiga Escola Municipal Egídio Figueiredo que esta sendo depreciado por efeitos do tempo e da ação humana. Uma comunidade que não tem uma área de lazer para sua população e o campo que serve para entretenimento para jogos de bola e caminhadas encontra-se totalmente em destruído e abandonado.   


Vejo que existem algumas localidades periféricas de Simões Filho que precisam de uma atenção maior por parte dos governantes dessa cidade. A população do Cobocó e Lobão estão pedindo atenção para questões básicas e que são direito de cada morador deste bairro que é tão cidadão desta cidade quanto os moradores dos bairros centrais. 


Foto: Arquivo Pessoal
Cláudia Lopes.

Mora em Simões Filho há 20 anos, Professora de História licenciada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, já atuou em escola de ensino médio e fundamental II na Bahia e no Amazonas.  Atualmente mestranda do programa de pós graduação em História Social da UFBA dedicada a História da Cidade e  Moradia da população liberta e escravizada no século XIX. Também, cursa pós- graduação pelo NEIM-UFBA em Educação em Direitos Humanos tendo como foco Mulheres Negras no processo de Empoderamento Capilar nas Escolas. Atua, também, como Agente Cultural envolvida em projetos culturais em algumas da Bahia, como: Cachoeira, Mucugê, Santo Amaro, São Félix e Simões Filho.

 

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