Esquadra de Pedro Alvares Cabral, processo de ocupação iniciado por Tomé de Souza, Família Real em terras brasileiras, Grito de Independência, junto a tudo isso “os encontrados aqui no continente americano”, mais conhecido como Índio, tráfico de pessoas africanas, incentivo a imigração branca, ufa.... Podemos dizer que parte desses acontecimentos colaborou e continua colaborando na formação dos nossos hábitos, costumes, cultura, ou seja, nosso jeito de ser brasileiro
A formação da cultura de um povo e seus costumes são um processo lento, gradual, continuo e permanente, além disso, sofre influencias interna e externas, (os meios virtuais nos dias de hoje é um exemplo), e ao mesmo tempo que delinear espaço temporal do surgimento de costumes ou cultura de um povo ou nação tem suas imensas complexidades, além disso, poderiam nos levar a diversos achismos, e com sérios erros de temporalidade.
A nação brasileira em seu processo de formação não é diferente, sofre diversas interferências internas e externas. Somos de dimensões continentais e a temos pluralidade de pessoas na formação do tecido social que ajudam a compreender: os nossos sotaques, as nossas manifestações de Fé, as diferentes expressões culturais (na música, no teatro, no cinema, na literatura), enfim nas artes de um modo geral, nossas festas religiosas e sociais. O que dizer da nossa paixão pelo futebol, pelo carnaval, e nossa festa junina com raiz fortíssima na região nordestina, na gastronomia um imenso cardápio de fazeres e sabores...
Somos plurais sim, nos nossos comportamentos, nossas ações, muitas vezes querendo levar vantagem em tudo, “furar fila” em lugares de atendimento é simples exemplo desse imenso emaranhado do jeito de nos sermos... Porém temos de nos orgulhar de sermos um povo ordeiro, amoroso, acolhedor, pontua aqui as exceções. O coronavírus ajudou a expandir “esses brasileiros” que muitas vezes passam batido por nós; pois explora-se muito as mazelas humanas, em detrimento das boas ações; na televisão quando passa uma reportagem sobre uma boa ação é como se fosse uma exceção do ser humano.
Acredito que a relação de “defeitos” em nosso jeito de ser seja imensa, devemos sim a expô-las, ao mesmo tempo que precisamos ajudar a buscar outros caminhos que melhorem o nosso Jeito de Ser Brasileiro: “a Educação que siga paradigmas críticos e transformadores e não um modelo reprodutor”.
Historiador baiano nascido em Simões Filho. Formado pela Universidade Jorge Amado, Pós Graduação - História Social e Política do Brasil.
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