Reprodução: Instagram/@eualexpassos


Por: Alex Passos

O espantoso questionamento que a população se põe a fazer em relação aos mais de 500 mil mortos só no Brasil por Covid-19, suscita muito mais que indignação, tristeza ou luto, vai além do que os esperançosos corações brasileiros possam esperar, e aqui vale o trocadilho entre os verbos. Esperar a respostas de quem é a culpa por tamanha tragédia ou até mesmo atribuir essa culpa a quem quer que seja, na altura dos acontecimentos é inútil, só vai potencializar a imbecil polarização política em que nosso país insiste em viver, limita as discussões apenas ao campo político, dando aos que almejam cargos eletivos o equivocado direito de utilizar-se da dor dessas famílias para prospectar votos.

 

Ainda falando de polarização, o que não é a função destas linhas, defender ou atacar qualquer que seja o lado ou bandeira ideológica, atribuir culpa não é uma atitude inteligente neste momento, pois temos inúmeros fatores que que de alguma forma contribuíram para ampliação das estatísticas da pandemia no Brasil, que vão desde a frágil  resiliência do Sistema Único de Saúde (SUS), e suas deficiências, passando pelo comportamento da população e culminando na ausência de planos de contingência dos nossos governantes em todas esferas do nosso sistema.

 

É passada a hora de unir pensamentos, energia e recursos para encontrar soluções para que mais meio milhão de vidas e projetos não sejam interrompidos por esse mal que tem assolado o planeta, é tempo de se despir de todas as vaidades, declinar de convicções radicais que impeçam ouvir outras opiniões, parar de pensar em pleitos individuais e voltar os olhares aos que estão sofrendo a consequência do problema, pois não só da dor de ter perdido um familiar sobrevivem as vítimas da pandemia, tentar manter seu emprego ou encontrar um, lutar para manter a dignidade no ato de alimentar os seus, reaprender hábitos sanitários que foram esquecidos por não pratica-los e sobretudo manter-se vivo, são algumas das muitas preocupação dos que resistem.

 

Fé não pode faltar, e uma das funções dela é exatamente a renovação, que vem através de atitudes, que cada um de nós assuma sua responsabilidade e entendamos que todos tem sua parcela de contribuição para achatar a curva que só insiste em subir, permanecemos na torcida que muito em breve um maior percentual da população seja imunizada e o tão esperado novo normal nos alcance como em outros países.


Assim seja!

  

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