Redução histórica não elimina riscos: população deve seguir atenta aos sinais de dengue, Chikungunya e Zika


Imagem criada com auxilio de I.A



Por: Alex Passos

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) registrou uma expressiva queda nos casos de arboviroses em 2025, acompanhando a tendência estadual apontada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). De janeiro até maio, foram notificados 19.812 casos prováveis de dengue em todo o estado, número significativamente inferior aos 208.142 registrados no mesmo período do ano passado — uma redução de 90,5%.

Na RMS, municípios como Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Simões Filho também acompanharam essa redução, reflexo de ações coordenadas de combate ao mosquito Aedes aegypti, campanhas de conscientização e melhor monitoramento epidemiológico.

A Chikungunya também apresentou uma queda de 90,2% no estado, enquanto os casos de Zika tiveram uma redução de 84,61% em relação a 2024. A RMS, por ser uma das áreas mais populosas e urbanizadas da Bahia, tem historicamente concentrado grande parte das notificações dessas doenças.

Apesar da expressiva redução, especialistas alertam que o risco não foi eliminado. A população deve continuar atenta aos sintomas característicos das arboviroses, como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele.

"A queda nos números é animadora, mas o ciclo do mosquito continua ativo. Precisamos manter a vigilância, principalmente com a chegada do período mais chuvoso na RMS, quando aumentam os criadouros", explica a infectologista Marina Costa, consultora da Sesab.

As unidades de saúde da região seguem orientadas a realizar o diagnóstico rápido e o monitoramento dos casos suspeitos. A Sesab reforça que qualquer pessoa que apresente sintomas deve procurar atendimento médico imediato para evitar complicações e ajudar no controle das notificações.

A recomendação das autoridades é clara: eliminar possíveis criadouros dentro de casa, manter caixas d'água tampadas, evitar acúmulo de água em recipientes e continuar colaborando com os agentes de endemias. A vigilância contínua da população será fundamental para manter os bons índices alcançados em 2025.

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