Por: Hugo Silva
Há sempre alguém que aparece na fotografia do sucesso. O político que corta a fita da obra que não construiu, o chefe que recebe aplausos pelo relatório que outro redigiu, o palestrante que cita ideias sem dar crédito a quem as semeou.
No mundo corporativo, os “donos da colheita” se multiplicam. Eles chegam no final do processo, quando os frutos já estão maduros, e se colocam como protagonistas. Mas raramente se lembram dos que cavaram a terra, dos que suaram na rega, dos que cuidaram das raízes.
Isso dói. Porque ser invisível pesa. Quem rega sente que nunca terá seu nome estampado. Mas a verdade é que sem o regador não haveria vida.
A Bíblia fala de Paulo e Apolo: um plantou, outro regou, mas Deus deu o crescimento (1Co 3:6). E interessante: Paulo não menciona quem colheu. Talvez porque a colheita nunca foi do homem. O fruto pertence a Deus, o Dono da Lavoura.
No mundo do trabalho, é fácil ver a injustiça: méritos desviados, honras mal distribuídas. Mas na ótica de Deus, ninguém passa despercebido. Ele enxerga o suor que o currículo não mostra. Ele valoriza o esforço de quem não foi lembrado na foto da inauguração.
No fim das contas, os aplausos são passageiros. O que realmente importa é saber que o Dono da lavoura está atento. E quando a colheita final chegar, Ele não esquecerá quem regou em silêncio.
E nunca esqueça: Você não necessita ser citado ou reconhecido pra continuar fazendo brilhantemente o que já faz. Você precisa de água. Continue regando. Deus está te vendo.
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