Crônica Política | O Kotidiano Opina


A Justiça Eleitoral falou, e falou alto: improcedente. Essa palavra encerra um dos capítulos mais ruidosos da política recente de Simões Filho e confirma a legitimidade da eleição que colocou Devaldo Soares e Simone Costa à frente da Prefeitura. A decisão, amparada pelo parecer do Ministério Público Eleitoral, não deixa margem para dúvida as acusações não se sustentaram, e o caso cai por terra.

Mas, passada a euforia dos aliados e a frustração dos opositores, uma pergunta paira no ar: quais serão os próximos rumos da oposição na cidade? Haverá serenidade para reconhecer o recado das urnas e da Justiça, ou veremos a insistência em uma política que parece viver mais de narrativas do que de fatos?

O grupo liderado pelo ex-prefeito Diógenes Tolentino (Dinha), sai fortalecido com mais essa vitória. O resultado reafirma que a máquina política que se formou em torno dele mantém coesão e poder de mobilização. Contudo, toda vitória exige reflexão: consolidar-se definitivamente exige ajustes, e um deles talvez seja o de reduzir o ruído, ampliar o diálogo e apostar em uma agenda administrativa que continue a entregar resultados concretos.

Do outro lado, a oposição enfrenta um dilema. Vai insistir na via judicial, prolongando batalhas que já parecem esgotadas, ou revisará sua rota, mirando as eleições de 2026 com novos nomes e novas ideias? Permanecer na velha política a dos factoides, boatos e narrativas fabricadas pode ser um caminho curto e perigoso, sobretudo diante de uma população que, cada vez mais, demonstra cansaço com o “jogo do quanto pior, melhor”.

Talvez o momento peça menos barulho e mais propósito. A cidade precisa respirar política de resultados, e não de acusações infundadas. O eleitor simõesfilhense sabe reconhecer quem trabalha e quem atrapalha. A sentença da Justiça foi um recado jurídico, mas o recado político pode vir das urnas e ele costuma ser ainda mais duro com quem não aprende.

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